O Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, celebrado a cada ano em 11 de fevereiro, é liderado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pela Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) em colaboração com instituições e parceiros da sociedade civil que promovem o acesso e a participação de mulheres e meninas na ciência.
Na semana em que se celebra o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, o Sesi destaca como um currículo inovador incentiva a participação feminina nas disciplinas que preparam para as profissões do futuro. Há pelo menos uma década, o Sesi-ES trabalha com as disciplinas de Robótica e Empreendedorismo, sendo pioneiro no Espírito Santo ao inseri-las em sua grade curricular. Enquanto uma auxilia as alunas técnicas de programação e como lidar com robôs, a outra prepara para o mercado e as mudanças econômicas.
Raciocínio lógico, trabalho colaborativo e criatividade são apenas alguns dos benefícios trazidos pela robótica aplicada à educação de crianças e adolescentes. A partir de 2020, a Robótica passa a ser ensinada desde a 3ª série do Ensino Fundamental I. Já o Empreendedorismo é inserido na grade das turmas de 1ª série ao 9º ano do Ensino Fundamental.
Torneio Sesi de Robótica
Somente neste ano, em todo o Brasil, mais de 2.200 meninas se inscreveram no Torneio Sesi de Robótica FIRST LEGO League (representando 43% dos jovens). A competição promove o aprendizado por meio do universo STEAM (sigla para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), metodologia de ensino presente em todas as escolas da rede, que abre portas para as profissões do futuro e exerce importante papel em estimular o acesso e a participação de meninas na ciência. No Espírito Santo, o Torneio de Robótica FLL (First Lego League) será realizado na unidade Sesi de Jardim da Penha, nos dias 14 e 15 de fevereiro. A FFL é uma competição internacional que tem como objetivo trabalhar a concorrência amigável e despertar o interesse pela matemática e ciências. Junto da First Lego League, teremos uma competição na qual as equipes precisam projetar, modelar e testar um protótipo de um carro de F1.
Maior participação de mulheres na ciência é tendência no Brasil e no mundo!
No mundo, em geral, a participação de mulheres na ciência – a base do desenvolvimento da inovação – tem crescido de forma significativa. De acordo com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi) e o relatório Elsevier Gender in The Global Research Landscape (Gênero no cenário da pesquisa global, em tradução livre), de 2017, mulheres respondem por 40% dos pesquisadores em nove das 12 regiões geográficas analisadas: União Europeia (28 países considerados em bloco), Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália, França, Brasil, Dinamarca e Portugal.
No Brasil, a relação de gênero, em número de pesquisadores, está mais próxima da igualdade: 49% dos autores de pesquisa e artigos científicos são mulheres. Só entre 2011 e 2015, a participação das mulheres cresceu 11% no país, índice semelhante ao da Dinamarca.
Nos próximos anos, a pesquisa científica vai desempenhar um papel fundamental no monitoramento de tendências relevantes em áreas como segurança alimentar, saúde, água e saneamento, energia, gerenciamento de ecossistemas oceânicos e terrestres e alterações atmosféricas. As mulheres vão desempenhar um papel essencial na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ao ajudar a identificar problemas globais e encontrar soluções. Apesar dos ganhos notáveis que as mulheres conquistaram na educação e na força de trabalho nas últimas décadas, o progresso foi desigual. De acordo com o Instituto de Estatísticas da UNESCO (UNESCO-UIS), apenas 28% dos pesquisadores do mundo são mulheres. Por isso é tão importante promover a igualdade da participação de mulheres na ciência requer uma mudança de atitudes: as meninas precisam acreditar nelas mesmas como cientistas, exploradoras, inovadoras, engenheiras e inventoras.
* Com informações da Agência CNI de Notícias e da assessoria da Unesco.
*Por Thaissa Dilly