Raciocínio lógico, trabalho colaborativo e criatividade. Esses são apenas alguns dos benefícios trazidos pela robótica aplicada à educação de crianças e adolescentes, e que é adotada pelo Sesi-ES há 12 anos. A metodologia de ensino, voltada para o estudo, planejamento e elaboração de projetos relacionados à criação e programação de robôs de todo tipo, gera impactos na aprendizagem do aluno como um todo, indo muito além de conteúdos curriculares da área de exatas, como matemática, física e ciências. Uma oportunidade para as crianças e adolescentes aprenderem de uma maneira mais mais prática, facilitada e divertida.
“A robótica é uma ferramenta incrível. Com ela podemos mostrar na prática fenômenos que antes os alunos só viam na teoria. Quando os alunos colocam a mão na massa o aprendizado se torna mais significativo”, pontua o professor Thiago Ferreira, orientador da equipe de Robótica Tecnoside, que reúne alunos do Sesi de Maruípe e de Porto de Santana.
Além desses fatores, a introdução da robótica na mais tenra idade prepara os estudantes para o futuro, que já está sendo moldado pela Quarta Revolução Industrial, onde conhecimentos na área de tecnologia e inovação são diferenciais para o mercado de trabalho e a vida profissional.
“Com o aprendizado de robótica, o aluno passa a ser o protagonista no processo de criação do seu próprio conhecimento. Além disso, ele deixa de ser apenas um consumidor de tecnologia passando a criar a tecnologia. Isso é fantástico”, destaca o professor.
O progresso dos estudantes também é visível nas questões comportamentais. O convívio em grupo, apresentação em feiras temáticas e nos desafios e olimpíadas desenvolvidos nessa área permitem que os alunos melhorem na fala, na articulação de ideias, diminuem traços como a timidez e passe a ter mais objetivo e responsabilidade na vida escolar.
Caso do Henrique Brêda, 15 anos. Com um histórico conturbado na escola, ele conta que se encontrou na robótica, abraçando a pesquisa e as responsabilidades que o projeto trouxe para a sua vida.
“Depois que eu entrei para o time de robótica, tudo mudou, as ocorrências não vieram mais. Estar envolvido com isso é fantástico. Na pesquisa a gente aprende muita coisa. Temos que saber relação de engrenagem, que entra em matemática e física, temos que pensar em cálculo, temos que programar, o que desenvolve nossa lógica. Tudo isso ajuda muito na vida escolar”, afirma.
Metodologia
Um dos pontos primordiais para o sucesso do processo de robótica, tecnicamente conhecido como zoom education, é a diferenciação no conteúdo para cada fase dos alunos. Do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, a técnica da robótica é utilizada em contexto com assunto trabalhado no dia a dia. Um processo de construção do conhecimento usando a ferramenta. Já de 6º ao 8º ano, a metodologia é mais aplicada na área da ciência.
Foi nessa época do aprendizado que João Paulo Pereira Eleotério, hoje com 15 anos, conhecer a equipe do Sesi Lego Robótica.
“Conheci o projeto no sexto ano, quando entrei no Sesi e logo me interessei, porque eu gostava muito de Lego, mas quando eu era pequeno não tinha condições de ter um”, revelou. “Eu comecei com o Lego Zoom, que é voltado para as crianças. E fui me aprimorando com isso. A partir do momento que eu entrei, me apaixonei e não consegui mais sair (do projeto)”, conta animado.
No ensino médio, trabalha-se a matemática e a física, de forma extracurricular, abrangendo os torneios de robótica, como a Olimpíada Brasileira de Robótica.
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Reconhecimento
O projeto Sesi Robótica é referência no Espírito Santo, com reconhecimento regional e nacional.
Em Brasília, durante a Olimpíada do Conhecimento 2018, no mês de julho deste ano, as equipes do Espírito Santo, representadas por alunos das unidades de Civit (Serra), Maruípe (Vitória) e Porto de Santana (Cariacica) alcançaram o primeiro lugar no Desafio de Robótica na Indústria, tanto modalidade individual e quanto no desafio de alianças.
Em Vitória, no último sábado (04), os alunos do Sesi mais uma vez foram destaque, dessa vez na etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) e, agora, vão representar o Espírito Santo na etapa nacional da competição.
As equipes Legos Vorazes (Sesi Maruípe), The Walking Lego (Sesi Jardim da Penha) e Power Girls (Sesi Maruípe) ficaram, respectivamente, com o primeiro, segundo e terceiro lugar do Nível 1 (alunos até o sétimo ano do ensino fundamental).
Já no Nível dois (alunos do oitavo ano e ensino médio e técnico), a equipe The Kings (Sesi Linhares) ficou em primeiro lugar e viaja para João Pessoa (PB) entre os dias 6 e 9 de novembro para disputar com equipes de todo o Brasil.
Conheça 7 benefícios da robótica na educação de crianças
Em busca de um ensino de Excelência na Educação Básica e Média, o Sesi foi a primeira rede de escolas do Espírito Santo a introduzir a robótica em sua grade curricular, atendendo assim às mudanças exigidas por um mundo cada vez mais tecnológico e digitalizado.
Abaixo listamos os benefícios do ensino da robótica nas escolas, seguindo as experiências relatadas pelos nossos alunos. Confira!