Por que sua empresa deve se adequar às exigências do eSocial?

Há bons quatro anos, o Governo Federal baixava o Decreto nº 8373, com os princípios do eSocial: era 11 de dezembro de 2014. Hoje, em 2018, esse projeto passa a ser uma realidade para as empresas brasileiras, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte, que realizam uma corrida contra o tempo para se adequar às exigências para sua implementação. Mas, por que a sua empresa precisa realmente se adequar a esse programa?

Simplificar e organizar informações encaminhadas sobre os registros laborais do colaborador são apenas dois dos benefícios pelos quais vale a pena o trabalho de adequar a sua empresa ao eSocial. Inteligente, essa ferramenta digital unifica informações sobre as  obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias da empresa como bem lembra o diretor de Saúde e Segurança na Indústria do Sesi-ES, Júlio Zorzal.

“Pro empregador, o eSocial traz um grande desafio de uma gestão integrada. Uma boa prática de gestão é colocar as áreas de negócio da sua empresa, seja ela contábil, financeira, jurídica, recursos humanos e de segurança e saúde do trabalho para conversarem e buscarem a integração dos dessas informações, de forma que, ao serem subidas para a plataforma, não haja inconsistências. Para o trabalhador, traz o benefício de disponibilizar as informações de sua vida laboral em uma plataforma única, facilitando o resgate desses dados em caso de necessidade, como no processo da aposentadoria”, aponta.

Aliado na otimização dos processos de gestão, o eSocial tira a necessidade de papéis, centralizando informações, agilizando e desburocratizando ações, além de facilitar a tomada de decisões. Isso porque a ferramenta permitirá que as empresas realizem análises bem direcionadas e bem fundamentadas em cima das informações disponíveis e tomem decisões em um tempo mais curto.

Outro aspecto do eSocial é o dinamismo e praticidade no cumprimento de obrigações antes complexas. Mas, ainda assim, as empresas precisam ficar atentas e ter uma responsabilidade maior com a gestão das informações que são encaminhadas rotineiramente para o governo, como frisa Zorzal.

“Nesse novo processo que iniciou em janeiro de 2018, as empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões,  devem enviar também informações relacionadas à saúde e segurança do trabalho. Com isso, aumenta um pouco mais o cuidado que as empresas devem ter com as informações que serão enviadas para essas plataforma, porque elas vão de forma integrada, considerando uma base única do cadastro da empresa e de seus trabalhadores, com informações desde sua admissão, passando pela gestão dos afastamentos durante a vida laboral, até seu desligamento por algum motivo: demissão, aposentadoria ou pedido de encerramento contratual”, frisa.

Com premissa inicial de garantir direitos previdenciários e trabalhistas, o eSocial pode ser visto como uma ferramenta que promove a melhora do relacionamento empresa-colaborador, tornando processos mais transparentes. Além disso, ela ajuda a eliminar redundância das informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas, a aprimorar a qualidade das informações enviadas ao governo, além de conferir um tratamento diferenciado às microempresas e empresas de pequeno porte.

No entanto, ela traz também para o governo um maior potencial de fiscalização, pois por meio de ferramentas digitais consegue-se traçar perfis de empresas, setores, e até monitorar se os requisitos normativos estão realmente sendo seguidos.

Seminário eSocial

As exigências do e-Social, que devem ser atendidas até janeiro de 2019 pelas empresas, têm gerado muitas dúvidas nos empresários, gestores e colaboradores responsáveis pelos dados que devem ser inseridos nessa plataforma digital. E, para ajudar esclarecer todos os pontos de maneira simplificada e completa, será promovido, no próximo dia 13 de agosto, o 3º Seminário de Gestão de Pessoas.

Saiba mais em: http://bit.ly/SeminarioeSocial

Por Fiorella Gomes

Read More

Ambiente de trabalho saudável e seguro impulsiona a competitividade das empresas

Esta semana comemorou-se o Dia Nacional da Saúde. Confira o artigo do diretor de Saúde e Segurança na Indústria do Sesi-ES, Júlio Zorzal, alusivo à data comemorativa, em que ressalta a importância de se criar um ambiente de trabalho saudável e seguro para contribuir com a qualidade de vida do colaborador das indústrias e, por conseguinte, aumentar a competitividade e produtividade da indústria.

Ambiente de trabalho saudável e seguro impulsiona a competitividade das empresas

No dia 05 de agosto, comemora-se o Dia Nacional da Saúde e, em meio a esse clima de conscientização sobre a importância dos cuidados diários com a saúde física e mental, não podemos deixar de falar na saúde do trabalhador.

A promoção da Saúde vai muito além da prevenção e combate à doenças: diz respeito à busca da qualidade de vida, o que inclui o ambiente de trabalho.

No Estado, entre 2012 e 2017, foram perdidos 3.803.520 dias de trabalho, impactando diretamente na competitividade das indústrias capixabas, seja em função dos elevados custos associados aos afastamentos, seja pelos trabalhos perdidos, além do aspecto negativo na área social. No Brasil, este número chegou a 305.299.902 dias perdidos, segundo dados levantados pelo Números Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies).

Neste mesmo período, os afastamentos previdenciários acidentários geraram uma despesa total de R$ 175,8 milhões de reais no Espírito Santo, enquanto no país alcançou-se a marca de R$ 14,9 bilhões. Isso considerando apenas os auxílios-doença por acidente no trabalho.

Tais fatos mostram que a gestão correta de Saúde e Segurança do Trabalho, além de diminuir acidentes e aumentar a produtividade dos trabalhadores, gera redução dos custos da empresa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que um ambiente de trabalho saudável deve ser criado a partir de uma gestão participativa entre empregadores e trabalhadores e, para isso, áreas chaves de influência como o ambiente físico de trabalho, ambiente psicossocial, os recursos para a saúde pessoal e o envolvimento da empresa na comunidade devem ser levados em consideração.

E como isso deve ser feito? Algumas medidas básicas que os gestores devem ter em vista para contribuir com o bem-estar dos trabalhadores e aumento da produtividade: mapear os riscos ambientais e implantar medidas de engenharia e administrativas para sua mitigação, acompanhar a saúde do trabalhador e, especificamente, em grupos com indicativos de doenças ocupacionais e com Doenças Crônicas não transmissíveis.

Já as ações com foco em ergonomia são importantes para reduzir a segunda maior causa dos afastamentos: as doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, as quais representam cerca de 19% das concessões de Auxílio-Doença e de Aposentadoria por Invalidez de Naturezas Previdenciária e Acidentária, segundo o Ministério da Previdência Social (MPS).

Para contribuir com um ambiente de trabalho favorável à saúde do trabalhador, o Sesi tem desenvolvido ações como a implementação do Centro de Inovação de Ergonomia; a idealização do SesiViva+, uma plataforma digital inovadora de gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) e promoção da Saúde nas empresas, que reúne em um único espaço dados de saúde e estilo de vida do colaborador, facilitando a tomada de decisões pelas empresas sobre os investimentos nessa área; além do apoio às indústrias no processo de implatação do eSocial, que prevê uma gestão informatizada de todas as informações trabalhistas, recursos humanos, previdenciárias e, principalmente, saúde e segurança do trabalho.

Associadas, essas iniciativas resultam num ambiente de trabalho saudável e seguro, contribuindo com a redução dos afastamentos por motivos de acidentes e doenças do trabalho, consequentemente com o aumento de produtividade e competitividade.

Júlio Zorzal, mestre em engenharia de produção, especialista em Segurança do Trabalho e Educação Profissional, e diretor de Saúde e Segurança na Indústria do Sesi-ES

Read More