Os alunos da Escuderia Pocadores, do Sesi de Jardim da Penha, conquistaram o 3º lugar no Grand Prix Nacional, na categoria Júnior. A colocação foi alcançada na temática Indústria 4.0 (Modelando o Futuro da Indústria) em parceria com a empresa Autodesk. O projeto desenvolvido foi o Veículo de Transporte de Ferramentas (VTF), que tem como intuito desenvolver uma solução de serviço ou produto por meio de conceitos tecnológicos e industriais. A premiação foi realizada pelo Departamento Nacional do Sesi/Senai.
Para desenvolver, o time contou com o auxílio do professor de robótica Bruno Silveira de Castro, que ao relatar como foi vivenciar essa experiência, destacou o curto período para realizar pesquisas acerca de problemas relacionados a Indústria 4.0, e em relação aos benefícios que o projeto traz para os alunos.
“No dia a dia eles desenvolveram habilidades como o trabalho em equipe, organização, capacidade de resolução, equilíbrio emocional, criatividade, além do aumentar o desempenho escolar”, pontuou o professor.
Oportunidades
Foi por meio do Novo Ensino Médio que os estudantes do time Pocadores puderam participar do Grand Prix. Com a nova metodologia de ensino, eles fazem o Ensino Médio no Sesi de Jardim da Penha integrado com o curso técnico de Jogos Digitais, ministrado pelo Senai Vitória.
É o caso do Pietro Pazini. Ele conta que ao receber o convite para participar, resolveu aceitar devido a proposta ser inovadora. Sobre a competição, de maneira geral, o estudante ressaltou o quanto ele pôde aprender a trabalhar agilmente.
Por outro lado, o também integrante do time Eduardo Schmidt, aponta que após vivenciar o Grand Prix, aprendeu novas técnicas e passou a ser mais resiliente. “A cada experiência como o Grand Prix, eu agrego muito para minha vida sobre essas questões profissionais e pessoais”, disse o estudante.
Grand Prix
O Grand Prix (GP) de Inovação é uma competição gratuita, em que estudantes do Sesi e do Senai têm até 72 horas para pensarem em soluções para desafios reais da Indústria, propostos por empresas parceiras.
Os participantes são divididos por equipes multidisciplinares, que são denominados de escuderias. Assim, eles criam, desenvolvem e prototipam as soluções que podem ajudar uma indústria mais competitiva.
A maratona resulta na visualização da prática da inovação em tempo real, como aponta o analista de Desenvolvimento Técnico da Gerência de Tecnologias Educacionais do Sesi ES e do Senai ES, Edgar Monteiro.
“Com uma combinação de métodos de inovação aberta e criatividade, conceitos de empreendedorismo, redes colaborativas e profissionais multidisciplinares é possível obter respostas diferenciadas como soluções para os desafios lançados”, explica.
Na Educação Profissional, o GP demonstra ao público uma das ações desenvolvidas pelo Senai voltada à formação dos futuros profissionais demandados pela indústria e sociedade.
A competição mostra para o aluno como aliar teoria e prática por meio da utilização de Espaços Makers (Senai Labs). Além disso, ela estimula a cultura da inovação, o empreendedorismo e o fortalecimento, não somente da metodologia de formação profissional, como também do desenvolvimento de soft skills e o aprimoramento das competências técnicas alinhadas às demandas apontadas pela Indústria nacional.
“O objetivo é incentivar a capacidade empreendedora, a criatividade e o raciocínio lógico dos alunos, por meio da geração de ideias, do desenvolvimento de conceitos de negócios e da prototipação de propostas de projetos como soluções para os desafios das indústrias”, complementou Edgar.
Desafios
Neste ano, o Grand Prix de Inovação aconteceu de forma online, envolvendo projetos relacionados com as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). Além da Autodesk, Google, PLMX/Siemens e Cisco estiveram entre as empresas parceiras.
Quatro foram as temáticas da competição: Indústria 4.0, Educação, Tecnologia e Automatização.
As escuderias competidoras podem participar de três categorias: Júnior, voltada para alunos do Ensino Médio e Novo Ensino Médio; Avançado, voltado para aqueles que estão nos cursos técnicos, de qualificação, de aprendizagem ou de aperfeiçoamento; e Sênior, para os estudantes da graduação tecnológica, bacharelado ou licenciatura.
Por: Kamily Rodrigues