A vida do compositor e cantor Agenor de Miranda Araújo, conhecido por todos com Cazuza, levou 4.758 espectadores a lotar o Arena Vitória para assistir “Cazuza – o musical” na noite desta quinta-feira, dia 10 de abril. A sessão promovida pelo Serviço Social da Indústria superou o público da peça “Tim Maia – Vale Tudo”, também oferecida pelo Sesi-ES para os trabalhadores da indústria capixaba em 2013. Na ocasião o mesmo local recebeu 4.164 pessoas.
O casal Kátia Cristina e Sérgio Magalhães acompanhou a época áurea do artista carioca. Os dois estavam ansiosos para o início da apresentação. “Vivenciamos o início do Barão Vermelho e toda aquela época em que o rock nacional nasceu. Quero sentir aquela sensação boa de juventude e rebeldia”, revelou Sérgio.
Já os amigos César, Marcos, Marcelo e Hércules, da Virtual Engenharia, destacaram o momento de lazer que um evento desses proporciona ao trabalhador. “Geralmente nós só nos encontramos em ambiente de trabalho. Chegamos cedo para jogar conversa fora, beber uma cervejinha antes do início do show”, brincou Marcos que fez questão de aparecer na foto com sua latinha na mão.
Mas, para consumir bebida alcoólica, também entrou em cena a turma da “carona solidária”. Foi o caso das amigas Juliane, Adrielli, Célia, Aline e Benedita (Bina), funcionárias da Fortes Engenharia e Papaterra Construções e Locações. “Viemos na maior animação no carro. E, como eu não tenho hábito de beber nada alcoólico, elas podem tomar o que quiserem que eu ainda faço o delivery com segurança. Viu como sou boazinha?”, divertiu-se Célia (a terceira na fotografia).
Ousadia e veracidade marcaram a apresentação
O espetáculo narrou a vida louca e breve que marcou o percurso profissional e pessoal de Cazuza. Durante as três horas da peça, o público conheceu os detalhes e curiosidades do período em que o controverso gênio da música atuou na banda Barão Vermelho, a carreira solo, a relação com os pais e os amigos, com destaque especial para as muitas paixões.
O casal Leonardo e Cinthya destacou que, apesar de não ter vivenciado o período histórico em que Cazuza estava inserido (eram crianças), suas músicas são imortais, pois têm conteúdo. “Sinto falta de música com substância. Cazuza foi intenso e conseguiu passar essa característica em sua obra”, opinou Leonardo. “Já que não pude vê-lo no palco, o gênero teatral musical aproxima muito o público do artista retratado. Para alguns, hoje foi um momento de nostalgia. Para mim, foi de me tornar mais fã ainda”, disse Cinthya, funcionária da ArcelorMittal Tubarão.
Com um elenco de mais de 15 atores e oito músicos, direção geral de João Fonseca e direção musical de Daniel Rocha, o espetáculo ficou em cartaz por alguns meses na cidade do Rio de Janeiro e, agora, segue em turnê nacional. Vitória é o segundo município a receber o evento. O primeiro foi Santos, em São Paulo.